domingo, 30 de janeiro de 2011

2ª Sinfonia de Mahler


 


Sempre é um prazer falar de Mahler,meu compositor preferido,pela sua história e música.

Neste espaço,gostaria de falar sobre a sua 2ª Sinfonia,obra que eu já tive a honra de cantar em Porto Alegre/RS,ano de 2003, com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e Coro Sinfônico da OSPA ,sob regência de Isaac Karabchevsky.

 


 Histórico

Mahler compôs o primeiro movimento em 10 de setembro de 1888. Em 1893 completou o Andante e o Scherzo.
Em fevereiro de 1894, durante os funerais do pianista e regente Hans von Büllow, Mahler ouviu um coro de meninos cantarem o hino Auferstehen (Ressurreição), da autoria de Friedrich Klopstock. O hino impressionou tanto Mahler que ele resolveu incorporá-lo ao Finale da sinfonia que estava em preparação. Ao mesmo tempo decidiu que a Ressurreição seria o tema principal da obra.

Características

A Segunda Sinfonia é a primeira sinfonia em que Mahler usa a voz humana. Ela aparece na última parte da obra, no clímax, tal qual a Sinfonia no 9 de Beethoven. Além da influência de Beethoven, percebe-se traços de Bruckner e Wagner na composição.
Apesar da origem judia, Mahler sentia fascínio pela liturgia cristã, principalmente pela crença na Ressurreição e Redenção. A Segunda Sinfonia propõe responder à pergunta: "Por que se vive?". Simbolicamente ela narra a derrota da morte e a redenção final do ser humano, após este ter passado por uma período de incertezas e agrúrias.
A Sinfonia no 2 foi escrita para uma orquestra com as seguintes composição: 4 flautas (todas alternando com 4 piccolos), 4 oboés (2 alternando com corne-inglês), 3 clarinetes (Sib, La, Do - um alternando com clarone), 2 clarinetes em Mib, 3 fagotes, 1 contrafagote, 10 trompas em fá (4 usadas fora do palco, menos no final), 8-10 trompetes em fá e dó (4 a 6 usados fora do palco, menos no final), 4 trombones, 1 tuba contrabaixo, 7 tímpanos (um fora do palco), 2 pares de pratos (um fora do palco), 2 triângulos (um fora do palco), Caixa clara, Glockenspiel, 3 sinos (Glocken, sem afinação), 2 bombos (um fora do palco), 2 tam-tams (alto e baixo), 2 harpas, órgão,quinteto de Cordas (violinos I, II, violas, cellos e baixos com corda Dó grave). Há ainda: Soprano Solo, Contralto Solo e um Coro Misto.

Os movimentos

Na sua forma final a sinfonia, cuja duração aproximada é de 80 minutos, é formada por cinco movimentos distribuídos da seguinte forma:
  1. 'Totenfeier': Allegro maestoso. Mit durchaus ernstem und feierlichem Ausdruck (~23 minutos)
  2. Andante moderato. Sehr gemächlich. Nicht eilen (~10 minutos)
  3. In ruhig fliessender Bewegung (~10 minutos)
  4. 'Urlicht' . Sehr feierlich, aber schlicht (~5 minutos)
  5. Im Tempo des Scherzos. Wild heraus fahrend ('Aufersteh'n') (~37 minutos)

O primeiro movimento é sobre a morte, no segundo a vida é relembrada e o terceiro apresenta as dúvidas quanto à existência e ao destino. No quarto movimento o herói readquire a sua fé e a esperança. No quinto e último movimento ocorre a Ressurreição, na forma imaginada por Mahler.


Se Mahler, em toda a sua vida, tivesse escrito apenas o terceiro movimento da Ressurreição, já teria um lugar garantido na história da música. Mas há o resto, e que resto! Obra espetacular e fundamental na obra de Mahler, a Sinfonia Ressurreição se utiliza de um enorme contingente de músicos. A orquestra é ora tratada convencionalmente, ora separada em pequenos grupos de câmara, tornando-se de poderosa para rarefeita, de delicada para violenta, como se estivesse sofrendo a melhor das psicoses maníaco-depressivas.
Mahler foi o maior regente de seu tempo e sabia o que estava fazendo. A “Ressurreição” é obra cheia de surpresas e que não hesita em utilizar alguns recursos pouco convencionais. Há, por exemplo, grupos de instrumentos que tocam fora do palco. Explico o motivo: os dois últimos movimentos da sinfonia propõem-se a fazer uma representação exterior (se bem que, como Mahler dizia, tudo era representação interior…) de nada menos que o Dia do Juízo Final e da Ressurreição dos mortos. Para tanto, o autor manda alguns instrumentistas (trompetes, trompas, percussão) para fora do palco e de lá, dos bastidores, eles iniciam um conflito fantasmagórico com a orquestra que está no palco. Quando a orquestra do palco executa o suave tema da redenção, de fora vem o som das trompas e da percussão executando o que Mahler dizia representar “as vozes daqueles que clamam inutilmente no deserto”. Depois começa a marcha dos ressucitados no Juízo Final. Em meio a este tema, as trompas e os trompetes que estão lá atrás nos bastidores - representando agora a enorme multidão de almas penadas -, enchem o ar com seus apelos vindos de todos os lados do palco.
Todo este aparato propõe-se simplesmente a responder à pergunta: “Por que se vive?”.


Abaixo segue o vídeo do trecho final de uma das mais belas interpretações desta sinfonia,executada de forma impecável ,sob a regência de Myung-Whun Chung.Perfeita,na minha opinião pessoal.


  As vozes,a orquestra...tudo está possível de se ouvir*.


Espero que todos apreciem!!!


Beijos a todos,
Mateus Dossin (Bambino)



          Aufersteh'n
          (Original:Alemão)
Aufersteh'n, ja aufersteh'n
Wirst du, Mein Staub,
Nach kurzer Ruh'!
Unsterblich Leben! Unsterblich Leben
wird der dich rief dir geben!
Wieder aufzublüh'n wirst du gesät!
Der Herr der Ernte geht
und sammelt Garben
uns ein, die starben!
O glaube, mein Herz, o glaube:
Es geht dir nichts verloren!
Dein ist, ja dein, was du gesehnt!
Dein, was du geliebt,
Was du gestritten!
O glaube
Du wardst nicht umsonst geboren!
Hast nicht umsonst gelebt, gelitten!
Was entstanden ist
Das muß vergehen!
Was vergangen, auferstehen!
Hör' auf zu beben!
Bereite dich zu leben!
O Schmerz! Du Alldurchdringer!
Dir bin ich entrungen!
O Tod! Du Allbezwinger!
Nun bist du bezwungen!
Mit Flügeln, die ich mir errungen,
In heißem Liebesstreben,
Werd'ich entschweben
Zum Licht, zu dem kein Aug'gedrungen!
Mit Flügeln, die ich mir errungen
Werde ich entschweben.
Sterben werd'ich, um zu leben!
Aufersteh'n, ja aufersteh'n
wirst du, mein Herz, in einem Nu!
Was du geschlagen
zu Gott wird es dich tragen!

O Tigre e a Neve

Olá!!

Gostaria de iniciar as minhas postagens indicando um filme maravilhoso,o qual assisti várias vezes e até hoje me emociono com a história ,fotografia,interpretações dos atores,trilha sonora e sensibilidade: O Tigre e a Neve.


Espero que todos apreciem a beleza e que o real sentido deste filme possa invadir o coração de todos!


Um grande beijo a todos,
Mateus Dossin (Bambino)






Attilio de Giovanni (Roberto Benigni) é poeta e professor de Literatura que sempre sonha com uma mulher, Vittoria (Nicoletta Braschi). Quando vai a uma palestra do amigo Fuad (Jean Reno), ele a encontra. Ela está escrevendo um livro sobre Fuad e viaja ao Iraque, sua terra natal, para fazer pesquisas. Lá, no entanto, sofre um acidente e fica internada no país invadido por soldados norte-americanos. Attilio entra numa verdadeira missão para ficar ao lado da mulher pela qual está apaixonado.











FICHA TÉCNICA
Diretor: Roberto Benigni
Elenco: Roberto Benigni, Jean Reno, Nicoletta Braschi, Tom Waits, Emilia Fox, Gianfranco Varetto, Giuseppe Battiston.
Produção: Nicoletta Braschi
Roteiro: Roberto Benigni, Vincenzo Cerami
Fotografia: Fabio Cianchetti
Trilha Sonora: Kathleen Brennan, Nicola Piovani
Duração: 121 min.
Ano: 2005
País: Itália
Gênero: Comédia Dramática
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Melampo Cinematografica
Classificação: 10 anos